Hoje eu acordei com inveja.
Inveja dos casais que encontrei na rua.
Das trocas de olhares que esbanjavam felicidade e cumplicidade.
De mãos que sabiam os caminhos a perocorrer.
De abraços que faziam do mundo algo mais seguro.
De brigas que logo terminariam em beijos.
De lágrimas que seriam enxugadas.
De um companheirismo que não se cansa.
Inveja da moça que esperava ao meu lado aflita e ansiosa pela chegada do seu moço no próximo metrô.
De planos sobre um futuro não tão cronologicamente próximo, mas perfeitamente arquitetado.
De palavras que curavam dores e proporcionavam sorrisos.
De afagos ao meio-dia...e noite adentro...
De quem não se tortura ao mesclar recordações e tempos verbais.
De quem não vive de imaginação.
De quem pode tocar e ser tocado.
De musas e deuses inspiradores para viver cada dia com paixão.
De quem tem fé, força e coragem... e não permite que nada abale o conjunto da obra.
De quem pode expressar seu carinho sem ser censurado por si mesmo.
De quem recebe telefonemas.
De quem chora por felicidade.
De quem consegue curar feridas, colar os caquinhos de si e começar vida nova.
Mas eu juro, nenhuma das minhas invejas foi maior que a que eu senti por aqueles que conseguem ser alheios a tudo isso.
Romina Cácia
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2 comentários:
Gostei!Consegue passar o q vc ta sentindo,tá bem escrito!Parabens!
=*
Pois é, né?! Faltou dizer.. sinto inveja do tempo que causava inveja=)
Es la vida... e ela não é nada fácil... não mesmo!
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