terça-feira, 26 de maio de 2009

Hoje

Hoje eu acordei tão feliz que até o que mais me irrita fez com que eu sorrisse

Cantei do início ao fim a música que não suporto nem a introdução

A água da chuva fez com que a sandália afrouxasse justamente onde mais aperta

As poças d’água apenas impulsionavam os saltos proporcionados pela leveza do bem-estar

As pedras entre cada uma delas ajudavam a improvisar uma coreografia que me lembravam quão desengonçada eu sou; e por isso gargalhei

Sim, é claro que eu não estava sozinha

Eu tinha a mim




Eu encontrando diversão durante minhas 14h de espera entre um voo e outro.

Dá pra ver meus cabelos ao "vento" ? hehe


Romina Cácia


domingo, 17 de maio de 2009


te ouvi nos fones , o coração gritou tanto que eu fiquei surda.

Quatro paredes já não eram suficientes. A dor tinha se expandido, muito. Precisava sair, mas para onde? O sufocamento provacava uma sensação de dormência, queria sair, queria ser percebida, amada, saber para qual lugar ir. Já não tinha planos ou conseguia pensar nos antigos sonhos. Sabia que podia e devia ir além, apenas não sabia como. Precisava de ajuda, mas os gritos eram abafados. Bebeu do choro, ficou inchada como qualquer um que morre afogado, mas continuou imperceptível. Não queria ser transparente, buscava o reconhecimento e não o anonimato.

Já não aguentava dublar a própria vida, bem que poderiam ter escrito isso em sua lápide. O tempo apenas catalisava a dor e a angústia.