Quatro paredes já não eram suficientes. A dor tinha se expandido, muito. Precisava sair, mas para onde? O sufocamento provacava uma sensação de dormência, queria sair, queria ser percebida, amada, saber para qual lugar ir. Já não tinha planos ou conseguia pensar nos antigos sonhos. Sabia que podia e devia ir além, apenas não sabia como. Precisava de ajuda, mas os gritos eram abafados. Bebeu do choro, ficou inchada como qualquer um que morre afogado, mas continuou imperceptível. Não queria ser transparente, buscava o reconhecimento e não o anonimato.
Já não aguentava dublar a própria vida, bem que poderiam ter escrito isso em sua lápide. O tempo apenas catalisava a dor e a angústia.
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