sábado, 1 de março de 2008

Últimos meses

Não mando sinais de fumaça faz um bom tempo, né?
Aqui vai um resuminho do que aconteceu nos últimos meses.
  • Fui ao Cirque du Soleil. Simplesmente INESQUECÍVEL. Eu não tinha idéia do que poderia encontrar. E foi exatamente surpresas que consegui. Como o título do espetáculo entregava, tudo era puro DELIRIUM. Uma explosão de cores e sons se mesclavam e tudo parecia completamente possível. Era como presenciar uma apresentação de Chaplin e Matrix ao mesmo tempo. A magia da essência do circo partilhava o palco com artefatos de última geração. O onírico nunca foi tão real...

Engraçado que por alguns momentos tive a impressão de escutar português, pode? Depois quando pesquisei pra matéria do fanzine que Milton e eu fizemos, descobri que na verdade eles usam uma espécie de dialeto "cirquish", no qual não há nehuma língua em destaque,na verdade, todas. Assim como é difícil falar em protagonistas no espetáculo. Essa é uma das partes mais interessantes. São todos protagonistas em seus números e coadjuvantes nos de seus companheiros, há uma sicronia entre o perfeccionismo e a harmonia.

Fiquei encantada.... não tinha tenda, nem aquela madeirinha que dá aquele cheirinho de circo, mas tinha um super palco com telões imensos , além de um pano bem fininho que servia como aquário entre o público e os artistas. Mais uma daquelas sensações incríveis=)

Mas é claro que também tem a parte tragicômica, ou então não estaríamos falando sobre mim. Pois bem, depois de uma pesquisa no Google descobri que a apresentação seria na saída de Valência. Ok, td bem, se tem metrô não há com que se preocupar, não é mesmo? blen, wrong answer. Calmamente saí de casa 90 minuotos antes da horas marcada no ingresso. Pegeui o primeiro metro, desci alucinadamente na estação pra encontrar com o Milton e então pegar sua câmera emprestada. Afinal, eu tinha que tirar alguma foto pra provar que estava ali. Corro então pro andar seguinte onde supostamente pegaria o segundo metrô. Só que, como Murphy é meu companheiro e ninguém pode negar, esse era um dia de paralisação, vulga greve. Resultado: como estavam circulando na capacidade mínima, o próximo só chegaria meia hora depois. Nãaaaao! Corri mais uma vez e decidi pegar um táxi até a estação do próximo trem. Quando chego lá, ninguém sabe me informar onde fica a tal estação, pode? Ai, ai, ai...Desespero? Imagina... Me restavam duas opções: ou gastava mais 6 euros com outro táxi ou perdia meu ingresso. Alguma dúvida sobre a melhor opção?!

Então pedi ao taxista que me levasse ao local. Detalhe que ele não sabia que o circo estva ali. Que lindo! Momentos de adrenalina e pura ansiedade... será que o cara tava me levando pro lugar certo??? Depois de uma pequena volta eu finalmente cheguei. Era como se estivesse no centro de convenções daqui, só que em proporções gigantescas. Mais alguns poucos minutos de espera...e o show começou.

Quase duas horas de hipnose depois, eu tinha que voltar pra casa. Dessa vez, teoricamente, eu não tinha que me preocupar tanto, afinal minha amiga tinha dito que eu ligasse pra ela e então minha carona estaria garantida. O que acontece quando estou apertando o verdinho? O celular descarrega, claro. Seria esse o momento de entrar em pânico?

Ok, táxi outra vez? Mas quem disse que eles passavam. Que saudade eu senti daquela ligação usual de "papai, vem me buscar". Ou então de pelo menos encontrar um telefone público. Encontrei então um ponto de ônibus onde um terço dos espectadores esperavam o único ônibus que passava por aquelas bandas. Eu já mencionei que os ônibus daqui são do tamanho da metade dos nossos? Aqui eles têm os ônibus noturnos, que passam em horários pré-determinados em locais específicos. Estávamos todos à espera do próximo que passaria em doces 56 minutos. Era dezembro e tava frio pra caramba. Foi a primeira e única vez que usei minhas luvas.

1o minutos depois a chuva decide esperar o N4 com a gente. Sem guarda-chuva ou capa, me restou o capuz do meu casaco. Por fim, o ônibus apareceu. Até hoje não sei como tanta gente se enfiou naquela latinha vermelha. Primeiro passamos por um povoado e depois voltamos a Valencia. Uns quarenta minutos depois estav no centro. Corri e peguei o noturno que iria pros lados que eu morava. Infelizmente ele não correu tanto assim. Esperei, dessa vez sentada, uns 20 minutos. O cansaço começava a me seduzir e meus olhos pesavam. Acho que dormi uma parte do caminho... espero não ter roncado. Quase às três da manhã eu finalmente cheguei em casa... ainda com sintomas da hipnótica magia.

  • Dezembro: Festas!!!

Fase difícil. Assim como no meu aniversário, essa foi uma época um pouca pesada pra suportar a distância. Sem muitos detalhes,sorry. Aqui eles não comemoram na véspera como a gente. A comemoração foi no almoço do dia 25. Eu e Sara fomos pra cozinha, só pra variar=), não tinha peru sadia aqui não=(, nem chester e companhia... Fizemos frango ao vinho, uma salada que eu adorei e otras cositas más. A casa tava recheada. Além do Milton, Gisele e eu, também estavam aqui Monique, Lebana, Naiara( que teve q sorte da companhia da mama e do mano), Priscilla e Sara.

Ano novo, no entanto, éramos só eu e Sara. Todos tinham viajado e nós decidimos ficar. Fomos a uma festa. Detalhe que só conseguimos chegar lá depois da meia noite porque incrivelmente, nessa noite não existiam taxis nas ruas. Como assim??? Fomos então pra casa primeiro, pois a Sara disse que jamais passaria a meia noite na rua. Aqui eles têm um costume forte de comer uvas em cada badalada do relógio quando ele acusa o novo ano. Não tínhamos uvas. Sara estava decidida que devíamos comer algo, ou então o ano estaria comprometido. Fiquei sem graça de pedir a vizinha 24 uvas e então cortamos 24 pedacinhos de maçã.

Por fim fomos a bendita festa. Pense numa festa! Como dizem por aqui: "Pasamos de puta madre". Perfeita. Eu mencionei que fui de casa até o quarteirão anterior da discoteca com meus sapatos na mão e de meia calça? Na verdade o que mais me surpreendeu foi que aqui todo mundo passa de preto. Como assim?! De modo que, como eu e a Sara fazíamos parte dos poucos gatos pingados que não estavam de preto, todo mundo nos notava. Dançamos muito, bebemos , pulamos, gritamos... foi inesquecível. E onde estavam meus sapatos durante 97% da festa? Encostados no canto da parede,claro. Chegamos em casa quase às 9 do outro dia, o q equivaleria a chegar por aí pelas 7. Muito bom...

As festam continuam aqi até o dia 6, quando se celebra o dia de reis. A tradição é forte e é nessa data que as crianças ganham seus presentes. Eles também comem um roscão que tem uma fava e um rei. Quem tira a fatia com a primeira tem que comprar outra sobremesa gostosa pra todos, já quem pega o monarca, é coroado. Salve Majestade Priscilla e coitado do bolso da Sara.

O recesso de duas semanas acaba e voltamos pras aulas. Uma semna depois começa a maratona de provas

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